Todos os anos, o mundo destina 10% de toda sua riqueza para o setor de saúde. Algo entre 20 e 30 trilhões de dólares. No Brasil, que se transita entre o 10º e 12º lugar no ranking das maiores economias, são mais de 600 bilhões de reais. Um percentual menor, mas ainda assim bem considerável. Mesmo considerando que mais da metade desse bolo seja de responsabilidade dos governos.

E os ventos apontam para uma aceleração desses números na saúde nacional. Primeiro, pelo fato de a saúde ter ganhado expressivo valor enquanto prioridade. Depois, por conta do aumento da lucratividade no setor, devidamente representada pela movimentação das maiores fortunas do país. Os donos e herdeiros de grupos como Rede D’Or, Dasa e Hapvida mereceram destaque em publicações como a norte-americana Forbes, ocupando posições entre os detentores dos maiores patrimônios do globo.

Healthtechs brasileiras surpreendem universo das startups

Paralelamente, as chamadas healthtechs avançam na seara digital, para surpresa dos entendidos do universo das startups, para quem abrir um banco nessa modalidade é muito mais fácil do que um empreendimento na área de saúde. Quatro exemplos são Alice, Leve, Sami e QSaúde, que juntas recebera aporte de meio bilhão de reais, exatamente durante a pandemia, para atender um público – à época – de 10 mil usuários.

Veja que, no Brasil, temos pouco mais de 47 milhões de vidas cobertas pelos planos de saúde. Para uma população de 210 milhões de habitantes, é de se supor um represamento de demanda extremamente numeroso.

Neste cenário, aplicar recursos e ideias em saúde se mostra uma receita certeira do ponto de vista econômico. Mas, é importante lembrar que o êxito passa por algumas premissas. A pandemia reformatou as expectativas do mercado. As dores são as mesmas, mas os remédios desejados são outros. Na bula deve constar: mais qualidade por menor custo, atendimento a distância para onde e quando o paciente quiser ou puder, interatividade eficiente com acesso remoto às informações pertinentes à consulta ou serviço de atendimento ao cliente. 

E tudo isso pela modernização do sistema e processos da saúde, principalmente da saúde suplementar, que cobra pelos serviços oferecidos como o bálsamo para as dores de seus clientes.

Soluções analíticas são imprescindíveis na saúde digital

Desta forma, o BI – Business Intelligence – surge como o grande trunfo da saúde na era digital. Coleta, prospecção, armazenamento e, sobretudo, análise de dados em todas as minúcias do complexo ambiente da saúde. Hospitais, clínicas, operadoras, corretoras e consultorias de saúde devem se apressar em providenciar sua rápida atualização sob o risco de perderem o trem da história, na área sanitária.

Somente com essa profusão de informações, devidamente filtradas e processadas, será possível atender as novas demandas e cumprir os compromissos que acabam de se tornar itens básicos para quem ousar disputar os bilhões de reais ou dólares despejados na busca da para as dores de uma sociedade, hoje, mais preocupada com o bem-estar físico e mental.


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Fontes:
https://forbes.com.br/forbes-money/2021/02/bilionarios-brasileiros-da-area-da-saude-sao-os-que-mais-ganharam-dinheiro-durante-a-pandemia/

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/04/19/startups-de-planos-de-saude-recebem-r-500-milhoes.ghtml