Nas últimas décadas do século XX o mundo se preparava para materializar o avanço tecnológico que as grandes ficções do cinema e os maiores centros de pesquisa já davam como certo. Os anos 2000 eram vistos como o portal para o universo virtual. E o novo milênio chegou decretando a revolução industrial 4.0.

Assim como o vapor, o petróleo e a eletricidade, os eletroeletrônicos e a robótica, e a informática foram marcos dessas transformações, a inteligência artificial se apresenta como estandarte da era digital.

E a pandemia da covid-19 derruba as últimas barreiras dessa transição. No campo da saúde, lançar mão dos recursos dos sistemas de inteligência artificial deixa de ser uma opção, para se tornar o único meio de atender as novas demandas dos clientes e pacientes em busca de segurança no que se refere ao bem-estar físico, mental e social.

Bem-vindos à saúde just in time

A metodologia Just in Time (JIT) foi implantada na logística da montadora japonesa Toyota, nos anos 1960, como forma de superar as dificuldades que persistiam desde a derrota do país na segunda guerra mundial. Consistia em realizar todas as ações da empresa na “hora certa”. Ou seja, uma linha de produção de fina sintonia que evitava desperdícios e, sobretudo, estocagens – que demandam investimentos em espaços e acondicionamentos. Cada departamento ou linha de montagem tinha tudo disponível, no seu tempo.

E o que isso tem a ver com a saúde? A inteligência artificial oferece a principal “matéria-prima” da saúde, na hora certa. Informação completa, precisa e automaticamente atualizada, acessível a qualquer momento e em qualquer lugar. Um banco de dados de alcance ilimitado que passa pelas mais diversos arquivos e serviços de controle de um hospital, de uma clínica, de um laboratório ou de um simples ambulatório.

Prontuários, estoques, históricos sazonais, entrada e saída de pacientes e corpo clínico, telemedicina, custos, cotações, contatos… Imagine um item pertinente ao ambiente hospitalar e ele será adicionado. Essa é saúde 4.0, consolidada e totalmente acessível a partir da inteligência artificial. Adicione a esse rol a telemedicina que, hoje, com uma irreversível expansão, faz uso de equipamentos altamente sofisticados – desenvolvidos por gigantes como Philips e Siemens – que são enviados às casas dos pacientes para exames clínicos remotos. É o adeus definitivo aos laudos físicos.

Todos os caminhos levam à IA

Para embarcar nesse “futuro em curso”, as estruturas físicas deverão contemplar uma automatização completa de seus acessos, registros, processos e arquivos. É o primeiro e grande passo para criação de um banco de dados onisciente e onipresente. Uma ferramenta que supera tempo e distância, sem abrir mão da mais simples informação. A partir daí entram as soluções inteligentes de cruzamento dessas informações para obtenção e bom uso de tudo o que elas podem oferecer. A estrutura percorre um caminho bem definido:

  • Captação e análise de dados: conforme mencionado acima, qualquer movimento ou decisão inerente à funcionalidade do cliente estará registrado nessa base. Um sistema que concentra, armazena e processa as informações que poderão ser acessadas a qualquer instante e de qualquer lugar, com a devida autenticação.
  • Relatórios e dashboard: são indicadores e métricas obtidos de forma intuitiva a partir do controle absoluto das ações já monitoradas pelo sistema. Temos aqui o cerne da gestão, com a possibilidade de identificar qualquer anomalia, ao mesmo tempo em que se obtém ajustes ou correções, justamente com base nas informações correlatas. A “vida” e a “saúde” da instituição a um clique.
  • Tomada de decisão: a visão detalhada da estrutura e de suas operações servirá de alicerce para as decisões que levarão à ponta e razão maior do serviço, o paciente. Um meio seguro e consistente de corresponder e – por que não? – superar as expectativas do público-alvo, com um atendimento qualificado com elevado nível de assertividade e, por vezes, multidisciplinar, ao melhor custo-benefício.

Da mesma forma que o vapor, a locomotiva, a eletricidade e a informática aproximaram, nos séculos passados, o homem do “inatingível”, a inteligência artificial eleva a a economia e a saúde a um patamar revolucionário, de magnitude ainda desconhecida. Mas, desta vez, bem ao nosso alcance.

Sem ignorar o rastro de destruição e de perdas irreparáveis, o coronavírus ainda nos deixa esse legado positivo, um destino tão promissor quanto inevitável, até agora mais notado pelo home office ou pela educação on-line. A era digital é agora e resistir a ela ou protelar essa modernização é entrar na contramão da história que fez e faz da evolução tecnológica o caminho menos sinuoso e perdulário rumo às melhores práticas e melhores soluções.


Nós da Solution4you utilizamos IA para gestão de saúde, transformamos números em planos de ação, ajudamos no cruzamento de informações para humanizar a relação entre os gestores de recursos humanos e colaboradores.